Segredos íntimos

Fechei os olhos, respirei fundo sentindo o cheiro de sua pele, de seu hálito. Senti uma onda de atração e adrenalina que fez com que eu me esquecesse de onde estava por alguns segundos desconcertantes. Meu corpo tremia numa mistura de ansiedade e nervosismo.

Dessa vez eu não deixaria meu medo interferir no que eu tanto desejava.

Quando as sensações passaram, eu a beijei.

Meu coração começou a bater mais forte, e o ambiente girou ao meu redor. Apertei os olhos depois olhei diretamente para ela, que me observava atentamente com uma expressão de surpresa e especial satisfação.

De repente, percebi que eu estava inconsciente. Olhei inexpressivamente para ela. Ela abriu um lindo sorriso brilhante.

O resto da tarde que passamos longe uma da outra, eu senti a falta dela, ansiando o seu toque e contando os segundos até que pudesse encontrá-la mais tarde, como o combinado.

Eu sorri pensando que era exatamente aquilo que eu precisava naquele dia. Eu estava com a sensação de que não tinha nada a perder. Sentia-me tão bem, tão feliz. Perguntei-me o que era a felicidade. Naquele momento a felicidade parecia algo tão complexo, já que eu simplesmente não conseguia explicar o que estava sentindo por ela. Mais eu sei que é verdadeiro.

Fiquei pensando silenciosamente em todas as possibilidades até ela chegar.

-Oi… – ouvi sua voz. E procurei por ela. Vi o seu brilhoso cabelo loiro. Cumprimentava meus pais. Examinei as linhas em suas costas, sentindo uma ânsia súbita de abraçá-la e beijá-la. De enterrar meu rosto em seu pescoço e confessar-lhe todos os meus sentimentos.

O rosto dela se iluminou sem que ela sorrisse e começou a caminhar em minha direção. Eu esperei por ela.

Ela erra uma mulher, linda e loira. Toda sensual.

Olhei o movimento de seus quadris quando caminhava. Seus olhos quentes deslizaram sobre mim. Tinha uma postura impressionante. Os olhos impecáveis. Perfeitas pernas. O balanço perfeito do cabelo sobre o ombro.

Meu Deus, ela era realmente… Formosa. Eu estava ocupada, observando-a. Eu estava cativada. Uma adoração total a ela.

-Oi. – ela disse quando parou diante de mim. Ela me abraçou, e quando nos separamos ela fitou meus olhos.

-Oi… Tudo bem? – perguntei feliz. Esperei por sua resposta, encarando o ponto abaixo de seu lábio inferior e acima de seu queixo, querendo beijá-la nos lábios, cumprimentando-a. Sua resposta foi outro belo sorriso.

-Estou ótima. E você? – Disse ela contra meu ouvido. Sua voz era suave, quase acariciava meu ouvido. Meu Deus, ela cheirava muito bem. Um cheiro doce. Limpo. Fresco.

Naquele momento, minha ansiedade se converteu em algo quente. Peguei em sua mão e a levei até meu quarto. Seu sorriso se desintegrou e seus olhos se estreitaram.

Mordendo o lábio inferior, encostou-me na parede, se recostando totalmente contra mim. Minha respiração se acelerou. Eu sorri, cuidadosamente mantendo a boca fechada.

Ela aproximou-se e me beijou.

Rose. Aquele beijo.

A vergonha apertou meu peito novamente.

Deus, sua boca era incrivelmente doce, tão doce que eu queria separar seus lábios com a minha língua e coloca-la dentro de sua boca. E logo fazer o mesmo com seu corpo entre suas pernas.

E mesmo passando mil coisas pela minha cabeça; Certezas, incertezas. Desconfianças, confianças. Sentimentos e angustia, nervosismo. Eu jamais me conduziria por esse caminho se não tivesse um plano.

Senti algo acariciar meu ombro. Abri os olhos, mantendo as pálpebras baixas. Olhando-a. Desejando-a. Seus dedos estavam acariciando as pontas de meu cabelo.

O que aconteceria em seguida eu sabia que lembraria nitidamente pelo resto da minha vida.

Ela se moveu. Em um minuto eu estava recostada contra a parede, olhando-a. Ao seguinte estava no cama, debaixo dela. Sua coxa abrindo minhas pernas e seus quadris entre elas. Seus seios atingiram os meus, meus quadris serviam de travesseiro

para os seus, seu estômago era suave sobre o meu. Existia uma faiscação deliciosa entre nossos corpos.

Meu peito se moveu contra o dela quando inspirei.

Suas mãos enredadas em meu cabelo. Que alias, estava por toda parte, dentro de sua boca, sobre seu corpo, seu calor, grudado em seu suor.

Umas de suas mãos desceram abaixo da bacia onde ela esfregou minha excitação em apertados círculos, acariciando-me, fazendo-me florescer para ela. Eu ofegava por ar. Agora eu estava muito molhada.

Ficamos nuas, diante da luz que vinha da janela em minutos.

Então sua boca posou sobre a minha. Deus, ela era fantástica, varrendo minha boca com seus lábios e sua língua.

Com um gemido, enrolei meus braços ao redor de seu pescoço, cravando meus dedos em seu cabelo.

Ela agarrou um de meus seios e o conduziu para sua boca. Ela o beijou profunda e longamente. Depois fez o mesmo com minha boca, como se entendesse o que eu necessitava dela.

Ela acariciou-me com as mãos, da cabeça até as coxas, enquanto eu levantava, arqueava-me, sentindo a pele nua de seus seios contra meus.

Mordiscou minha clavícula, abrindo caminho até meus seios novamente. Eu levantei a cabeça e olhei como sua língua saía e fazia círculos ao redor de meu mamilo antes que ela o tomasse de volta a boca. Enquanto beijava-os sua mão se deslizou pelo interior de minhas coxas.

E logo me tocava o sexo. Eu me elevava para ela, minha respiração saía rapidamente de meus pulmões.

Ela gemeu, seu peito vibrou contra o meu.

Ela escorregou um dedo e logo dois em meu interior.

Num lento movimento, retirei sua mão de entre meio as minhas pernas. Eu sentia dor. Eu estava tensa.

Ela moveu seus quadris contra o meu, aumentando minha temperatura. Depois de um momento minha tensão diminuiu, suavizando. Suas mãos acariciou minha cintura. E logo lentamente deslizou-se, aproximando-se, novamente do meu sexo.

Subi minhas palmas por sua coluna vertebral, ela se expressou deixando sua cabeça cair perto de minha boca. Ela gemeu. Suspirou. Uma combinação tentadora de necessidade sexual e desafogo profundo. Como se estivesse tendo um orgasmo e caísse em um sonho tranquilo ao mesmo tempo. Não era como nada do que eu já houvesse visto antes.

Sua cabeça baixou e seus lábios acariciaram o Lado do meu pescoço. Acariciando-me com o nariz. Senti um golpe suave, úmido. Deus, sua língua. Subindo por minha garganta.

Colocando suas mãos no interior de minhas coxas. Separando minhas pernas, fez um caminho de beijos até o umbigo, onde se entreteve e lambeu antes de mover-se para me quadril. Impulsionando-se sobre meu estômago, separou-me as pernas e afagou meu sexo com sua palma. A sedosa umidade cobriu sua mão, ela sentiu-me estremecer quando beijou meu quadril e dirigindo-se ao interior de minhas coxas. Mordiscando-me. Beijou-me sobre a coxa, acariciando-me com sua bochecha, seu queixo e sua boca.

Sua língua me deu um golpe quente. Ela levantou sua cabeça e me olhou. E logo baixou e me lambeu outra vez. Ela colocou sua boca sobre meu sexo, tomando-me entre seus lábios, chupando-me, movendo-se para frente e para trás, saboreando-me, movendo rapidamente sua língua.

Dobrei-me sobre na cama para ver sua cabeça loira, seus ombros debaixo de meus joelhos, minhas pernas tão pálidas e finas contra ela como cortina de fundo.

Eu tremi. Não importava o quanto tentasse ficar quieta, eu não conseguia.

Eu arquei sobre o coxão. Ela me sustentou, impedindo meu corpo que se separasse de sua boca enquanto ela se movia.

Enquanto me controlava, degustava de sua boca em mim. Do seu toque.

Eu me derreti a em sua boca.

O prazer era profundo, infinito. Aterrador.

Puxei sua cabeça e a beijei onde antes tinha estado, provando um pouco de mim. Beijei-a meigamente, lambendo-a com a língua, querendo-a com meus lábios.

Inalei profundamente, prendendo seu aroma encantador, erótico. Entre minhas pernas senti uma rápida resposta úmida, como se a fragrância fosse um toque ou um beijo.

Arquei de prazer, deixando o fluxo de calor percorrer por todas as partes do me corpo.

Esfreguei a face e a olhei. Adorando-a intensamente.

Ela estirou seu corpo contra o meu. Acaricie seu corpo. Acariciá-la era um prazer delicioso.

Ela sentou-se entre minhas coxas. E começou esfregar-se em mim. Movendo-se com vontade, até que não pôde mais manter o contato com meus lábios. Seu corpo bronzeado brilhou sobre a baixa luz. Ela estava resplandecente de um brilho dourado.

Ela ondulando-se contra mim, acariciando-se, acariciando-me.

Sua cabeça girou para o lado tirando o cabelo do rosto, levantando a vista para mim. Seus lábios estavam separados, seus olhos fechados. Queria ver cada parte dela, tocar cada polegada.

Seus seios firmes preparados já nas pontas com a elevação de seus rosados mamilos. Seu estômago plano, seus quadris perfeito e suas pernas muito lisas. E seu piercing no umbigo, que doce peça…

Pensei em todos os lugares que queria continuar nela.

O olhar dela tocou-me, durante um momento, florescendo ainda mais à pureza de meu desejo, o êxtase.

Tomei em minha mão um de seus seios. Levantei meu corpo, meus lábios se separaram e tomei-o na boca.

Rose ofegou, arqueando sua boca enquanto ela encontrava o ritmo.

Meus olhos olhando-a, vendo como nadava no prazer que eu lhe estava proporcionando.

Coloquei minha mão sobre a base do seu pescoço e varri-a até parar em seu coração. Onde dei um longo beijo e logo movi para seu peito. Levantou-me, aproximando mais minha boca de seu corpo.

Ela deu um suspiro incrível, um ofego sem fôlego. Seus olhos fechados, os dentes apertados.

Seu orgasmo chegou, alcançando-a sobre ondas. O êxtase parecia não ter fim e não havia nada que o parasse.

Ela moveu seus quadris e apertou seu calor úmido no meu. A onda que recebemos fez com que ambas gemessem. Só ela e eu. Juntas. Fazendo o amor. Ela se inclinou sobre meu peito e tomou minha boca, conectando-se.

Agarrei Rose enquanto ela se estremecia uma vez mais, tomando seu corpo, seu fôlego rapidamente. Ela gemeu profundamente sobre meu pescoço. Seus lábios encontraram os meus. Seu fôlego era quente e desesperado em minha boca.

Eu sabia exatamente quando ela gozava, podia sentir como tremiam o ventre e suas coxas.

Abriu os olhos. Estavam frágeis.

Sorri e levei minhas mãos para sua Lisa costas.

Meu corpo estava deliciosamente mais quente por todo o calor que emanava do dela.

Lançou os cabelos fartos e iluminados para trás.

Apertei-a contra mim. Seu coração trovejava contra meu peito e eu o escutei enquanto começava acalmar-se.

Aconcheguei a mão sobre seu loiro cabelo, suas grosas camadas, lisas que se afundavam entre meus dedos.

Ela estava maravilhosamente linda colocada sobre meu corpo, seu formoso traseiro uma tentação que me incendiava.

Eu a queria outra vez agora mesmo, mas com uma necessidade palpitante que era diferente do que havia sentido antes.

OH, doce Jesus… Como ela era incrivelmente, irresistivelmente linda.

Seus olhos brilharam tenuemente enquanto respirava diretamente com os lábios abertos, brilhantes. Deliberadamente eu os tomei entre meus dentes e os absorvi. Logo sua língua deu-me uma lambida. Ela correu a mão pela minha barriga até minha coxa.

Seu olhar flamejou intensamente.

Eu fechei os olhos, derretida. Ela beijou minha pálpebra.

Não havia nada como seu calor, seu sabor, sua suavidade.

Desenhei a linha de seus lábios com a ponta do dedo.

Eu sabia que o que estava sentindo era errado, mas eu acreditava naquele sentimento. E ela havia me surpreendido ainda mais com esse sentimento. Ela era especial.

É sempre legal quando as pessoas te surpreendem de uma maneira boa.

Ela levou minha mão até a sua boca e beijou meu polegar.

-Você é linda! – sussurrou ela. Senti lisonjeada pelo elogio. Na verdade, em êxtase. Respirei fundo.

Eu a olhei, pensando que todo aquele momento com ela, tudo aquilo ela tão inocente, tão simples e lindo.

-Você é tão maravilhosa – eu disse, cheia de imagens em minha mente. Ela sorriu.

Deus, eu estava apaixonada. Dava para perceber. Não dá para fingir. Não algo assim.

Aquilo tudo inexplicavelmente reconfortante.

Eu a analisei por um longo minuto, ou mais, antes de nossos olhos se encontrarem.

Aquela paixão encheu meu coração, aumentando-o tanto que me parou a respiração. Eu de fato estava completamente apaixonada por ela.

Quando ela estendeu a mão para acariciar meu cabelo meu corpo travou.

Olhei para baixo, para mim mesma, enquanto tentava saber como tinha chegado estar excitada novamente.

Ela se apertou contra mim, tão perto que eu podia ouvir os batimentos de seu grande coração em seu peito. Ela fechou os olhos e dormiu com o esgotamento.

As visões nadaram em minha cabeça, visões de tudo o que havíamos feito, meu corpo se umedeceu de novo para ela.

Peguei no sono imaginando seu rosto, retorcendo de prazer. Na maneira como ela acariciou meu cabelo depois de tudo, beijou minhas pálpebras e correu a sua mão pela minha barriga e pelas coxas. Em como ela pegou no sono abraçando-me, aninhando-se a mim.

Quando acordei na manhã seguinte sentia-me alegre, incapaz de sair do lado dela. Seus olhos ainda estavam fechados, e eu voltei a pensar no inicio da noite, repassando cada detalhe maravilhoso, todas as sensações.

Ainda podia ouvi-la suspirar, gemer no meu ouvido. Ainda podia ver as curvas do seu corpo. Podia sentir seus beijos, seu toque em meu corpo, vagando por cada polegada da minha pele.

Perguntei-me se poderia estar errada mais uma vez de achar que estava apaixonada, iludida por apenas uma atração intensa, ou uma necessidade de preencher um vazio na minha vida.

Havia tanto espaço em branco e buracos vazios que precisavam ser preenchidos.

A questão não é só se eu estava apaixonada por ela. Seria questão de tempo esse sentimento surgir em mim. Seria é estranho se eu não me apaixonasse por ela. Mas e ela? Ela estaria apaixonada por mim?

FIM?

 

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5 comentários sobre “Segredos íntimos

  1. Interessante… Adorei, tão sensorial. E nos deixa com essa dúvida no fim… pareceu tão certo, mas ainda assim tão incerto!

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